segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Crime da Mala




Trad embarcou no navio Cordillere seguido de dois carregadores, que transportavam uma pesada mala. Ao chegar no convés do navio, Michel foi parado por um marinheiro, que perguntou por qual motivo a mala exalava um fedido odor.
Ele respondeu que levava enlatados, e que provavelmente alguns deles estivessem deteriorados. O funcionário do navio aceitou a justificativa de Trad, mas pediu que colocassem a mala em local visível.

À noite, durante a viagem, Trad tentou arremesar a mala no mar. Alertado pelo imediato, o capitão ordenou que o homem fosse impedido pelos membros da tripulação.Imobilizado, Michel saca um revólver e atira para o alto, mas não consegue se livrar dos marinheiros que o agarravam. O capitão mandou Trad abrir a mala mas ele se recusou, alegando que sendo dono, poderia fazer o que quisesse com ela. Diante da recusa do passageiro, um serralheiro é chamado, e o corpo de Farah é descoberto. O corpo estava parcialmente putrefato, o couro cabeludo perdera a rigidez, a língua estava exageradamente inchada (caindo para fora da boca) a cabeça forçada para baixo.

Investigações posteriores indicaram que a motivação do crime seria o romance não comprovado de Michel Trad com Carolina Farah, esposa de Elias Farah. O comerciante foi condenado a 25 anos de prisão, que cumpriu sem jamais confessar o motivo do crime.

A grande repercussão do crime na época inspirou a realização do filme A Mala Sinistra, de António Leal.

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